"Paixão"

 "Não estou apaixonado por ela", diz ele, mas como ele consegue sequer dizer essas mesmas palavras depois de a deixar desabafar sobre a única coisa que ela não fala com absolutamente ninguém, sobre o seu pai? Todos nós sabemos que falar de pais não é para todos, e é extremamente complicado. 

"Não estou apaixonado por ela", diz ele, depois de lhe dar beijos na testa ou no topo da cabeça, fazendo-a sentir mais segura do que alguma vez sentiu. Ele diz essas mesmas palavras depois de a abraçar por minutos, horas. Depois de ela ir ter com ele e mudar todo o seu dia por apenas mais 10 minutos com ele.

Ele diz que não a ama, mas 1 dia antes dizia que tudo o que queria era estar com ela, dar-lhe carinho, presentes, dar-lhe literalmente o mundo.

Ele diz que não a ama, mas se calhar isso até esteve sempre óbvio, e apenas ela não reparou, mas todos ao seu redor repararam, e até a avisaram, mas como ela o amava mesmo, não quis saber.

Ela ignorou todos os erros dele, e todas as suas imperfeições, porque talvez, só talvez, no seu ver ele era perfeito.

Quando uma pessoa ama demais, a outra cansa-se dela, mas será que isso é mesmo normal? Será que temos que aceitar simplesmente isso? Devemos sentir que estamos a sufocar alguém pelo simples facto de a amarmos? Será que isso é justo?

Hoje, meus amigos, não há conselhos, porque infelizmente esta história é sobre a vossa escritora favorita, sobre mim.

Tori Spring.

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